A prostatite é uma condição comum de inflamação da próstata que pode ser dividida em 4 tipos, com sintomas e especificações diferentes para cada.
A inflamação da próstata é uma das causas mais frequentes de consultas ao urologista. Seus sintomas e causas são variados, podendo se apresentar desde um quadro de dor abdominal até um desconforto durante a ejaculação.
Apesar do exame do PSA causar muitas preocupações e ansiedade, em decorrência do câncer de próstata, sua alteração pode apenas representar um quadro de prostatite aguda.
Avaliação da história clínica pelo urologista, assim como o exame físico, como o exame de toque retal, são ferramentas muito importantes utilizadas para diferenciar esses dois diagnósticos.(1)
Quando o quadro de prostatite foi completamente afastado, mas o paciente continua apresentando níveis elevados de PSA no sangue, uma biópsia pode ser indicada.
A prostatite bacteriana ou aguda é a forma mais grave da doença
É causada por uma bactéria e não é necessariamente transmitida por outra pessoa, desta forma, não é considerada uma IST (infecção Sexualmente Transmissível). (2)
A bactéria pode chegar até a próstata através da circulação sanguínea ou pelo contato direto da uretra com germes resistentes no intestino.
Também pode ser causada por hiperplasia benigna da próstata e pelo uso de cateteres urinários em pacientes que apresentam retenção de urina. (3)
Seus sintomas são: febre, dificuldade para urinar, ardência, queimação para urinar, dificuldade para sair o jato (muitas vezes devido a um estreitamento do canal urinário pela inflamação), calafrios ou tremores.
Se não tratada, pode se tornar uma prostatite crônica, caracterizada por sintomas mais brandos e de longa duração.
Em alguns casos, a prostatite pode ser até mais complexa do que o câncer de próstata
Prostatite Crônica Bacteriana:
Em geral é tratada com antibióticos. Contudo, é muito importante identificar a causa por trás da prostatite, como: hiperplasia benigna da próstata, alguma dificuldade no esvaziamento da bexiga, corpo estranho dentro da bexiga, estreitamentos na uretra ou no próprio canal prostático.
A prostatite crônica também pode elevar os níveis de PSA no sangue.
Prostatite não bacteriana crônica ou síndrome da dor pélvica crônica:
O termo síndrome da dor pélvica crônica é mais correto que prostatite não bacteriana crônica, porque muitas vezes não há envolvimento da próstata, apesar dos sintomas serem sugestivos de prostatite crônica.
Esse tipo de prostatite provoca dores em lugares diferentes, como nos testículos, anus e dores na parte inferior das costas. Seus sintomas podem permanecer constantes ou não, apresentando também sensações de vontade de urinar frequentemente, dor na uretra após urinar e dor no pênis durante o esvaziamento da bexiga. (2)
É um quadro raro e de tratamento difícil. Seu controle envolve múltiplos tratamentos, como a utilização de ansiolíticos, massagem prostática e procedimentos prostáticos minimamente invasivos (como a termoterapia com micro-ondas). (4)
Muitas vezes está relacionada à radioterapia, medicações ou infecções por agentes como fungos e vírus. Contudo, sua causa principal ainda é indefinida.
Danos aos nervos da região pélvica que ocorrem como consequência de cirurgias, traumas ou mesmo o estresse psicológico podem aumentar as chances da ocorrência também.
Prostatite inflamatória assintomática
Como o próprio nome sugere, muito dificilmente apresenta sintomas, sendo comumente descoberta em exames de rotina ou na investigação de problemas no trato urinário e reprodutivo.
Dificilmente seu quadro apresenta complicações.
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